terça-feira, 21 de abril de 2015

Parnaso

Parnaso

Há tempo que não há tempo algum
Pra suspiro ou grito de felicidade
Nem tempo, nem vento de lado nenhum
Só vazio e frio de muita saudade.

Saudade de tempos, dos tempos alheios
Do passado de Moças valentes
Que hoje são velhos tarados
Saudade das saudades dos dentes que outrora
Habitavam a boca
Dos sorrisos que caminham a cova.

Há tempos em tempos no monte Parnaso
Que Clio perde a beleza, seu sangue cega a navalha
A lembrança vira carrasco
E a verdade morre saudade, Saudade calada.

-Paulo Roberto Silva Freire





Nenhum comentário:

Postar um comentário