Parnaso
Há
tempo que não há tempo algum
Pra
suspiro ou grito de felicidade
Nem
tempo, nem vento de lado nenhum
Só
vazio e frio de muita saudade.
Saudade de tempos, dos tempos alheios
Que
hoje são velhos tarados
Saudade
das saudades dos dentes que outrora
Habitavam a boca
Dos sorrisos
que caminham a cova.
Há
tempos em tempos no monte Parnaso
Que
Clio perde a beleza, seu sangue cega a navalha
A lembrança
vira carrasco
E a
verdade morre saudade, Saudade calada.
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