Brinde.
À liquidez das relações!
Saúdo com meus versos
A falsa autoestima
Travestida na própria foto
Na tela de bloqueio
De um celular qualquer.
Tim-tim.
Narcisos de plásticos
Nascem constantemente,
Infinitamente,
Inutilmente.
Filho da massificação,
Sem cheiro,sem cor
E com muitos rótulos a ostentar.
Tim-tim.
Relações tão fugazes
Quanto aquele olhar
Dirigido ao desconhecido transeunte,
Diferenciando apenas na retina-vida
Que orficamente se transmuta em infinitas kalpas.
As relações não.
Nascem com o adágio da anomia
Certificadas pelo envelope roxo de Saramago.
Tim-tim.
Vazio.
Não o nada , apenas o vazio.
Aquele singelo útero pós moderno
Infecundo de vida
E manjedoura das conveniências.
Pádua Silva

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