quinta-feira, 3 de março de 2016

Sessenta e seios.

Sessenta e seios.

Os já citados seios de Mariana desenham um número. Número este ímpar, apesar do desenho de dois seis modestos. 66. Quando vendados encegam meus olhos num dia de tara. E quando despidos calculam. E Mariana entende bem de arte e veste renda. E quando puxo a palavra francesa atrás dos pomos, lá está A moldura que me escolheu a moça. Estendo dois éles, um perfeito e outro oposto, avesso, Com a envergadura de quarenta e seis centímetros medidos E eis o quadro de um número, apenas, da grandeza- Colo de desenho em palavra que salivar na boca. Sêxtuplo onze dos algarismos que se temem -Com o perdão da palavra- Nunca tive sede de número e sou “descalculíaco” Nota: Pessoa incapaz de calcular descalça. E quando eu toco a maciez maçã da macieira de teus pomos Entendo Páris. Vênus. Rsrs. Sim. Vênus é a deusa mais bela, sim. Escando um verso para tua boca com um número zero. E desenho o número neutro em cada seis que compões teu busto. Um grande zero oval e vermelho, a mordida. Desfaço os éles, desenho um binóculo, apalpo como cego. E juntando duas curvas eu crio um caminho. Há agora uma bifurcação nas linhas. É uma baladeira, um estilingue, uma pelota, um balim. Bem ali dentro escondido atrás de todo esse caminho É que escondes a destreza do teu miocárdio.Estou na mira.

Justino;


4 comentários:

  1. "...encegam meus olhos num dia de tara."
    Não pude deixar de rir quando li. Todo homem tem um muito desse verso. Todo homem conhece uma Mariana, mesmo que ele não saiba o nome dela!

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  2. Mais que de todo homem, Mariana também é sina de mulheres, em que, não só seu par de seios, mas dois deles. Quatro seis em múltiplos orgasmos.

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