Nos teus olhos encontro
Um mundo desconhecido
Que sonho em conhecer
Que sonho em viver
Nos teus olhos encontro
Beleza nunca vista
Que me sonho admiro
Que sonho admirar
Nos teus olhos me encontro
Nos teus olhos me perco
Nos teus olhos quero
Fazer tu em meus olhos
Te encontrar
- Marcelino Alfaia
terça-feira, 30 de junho de 2015
sábado, 20 de junho de 2015
Corpo
Corpo
Caminho, caminhadas, multidão
Rocha, rochedos, pés firmes
Flores, rosa, rosas, vales e lírios
Açoites e delírios.
Presos, pregos, tábuas
Madeiro, madeiras
Cruzes e credos
Terremotos, terras e infernos.
Cruz, cosmos e crentes
Fases e games
Vida.
Diabos alegres
Caeruleo
Não
Céu Chiusa
Morte, vida, emaranhada.
Caveira, calvário
Abrem – se armários
Soltam – se todos, todos os bichos
Comem a todos, todos comem todos,
imbracature e mi amano.
Um, duo, três
Sinistra, centro, destra
Corvo, olhos e sangue
Salvo, mortos e reis.
Um que é um
Um que é três
Um que somos nós e todos vocês.
Todos mortos
Renascem a cada segundo
Mouros, Nauros e tolos
Não são só deste mundo.
E naquele fim
Infinito
Abriu um tumulo
Sem cova
Nossas almas
Um Deus
Três dias
E uma resposta.
- Paulo Roberto Silva Freire
sexta-feira, 12 de junho de 2015
Deseperança
Desesperança
Ela me mata de rir: Afogado
Num rio de riso gostoso
Na falência múltipla do gozo
Magica ciência brota em gloria desta fonte
Desvanece numa película sem corte
Nossa química era forte
Nossas casas que eram longe.
Como num filme leio sobre o amor
Piso num pombo morto
Desprotegido como um santo sem andor
Sou eu que caminho perseguido
Pelo cão do inferno
Que morde o meu espírito,
Enquanto a viagem das águas
Do imenso rio dantesco
Brotarem na Divina Comédia
Dos condenados, aqueles.
Que foram queimados por praticarem
A virtude sentida pela carne.
Tanto a mulher, como o homem,
São demônios e anjos
Quando o assunto é amor.
Nos andarilhos da vida,
Como diria um velho poeta,
Que vive bêbado pelas letras:
O amor é um cão dos diabos,
Navegamos ao encontro dela,
Entrar no barco é muito fácil,
Difícil é se manter para não afundar
Como os gregos encantados pelas sereias.
Quem experimenta o amor,
E nunca se embriagou
Ou nunca chorou
É porque nunca se apaixonou.
O amor é um jogo de poderes,
Em que cada um sobrepôs
O outro.
Quem disse isso?
Não foi Foucault em um livro,
Mas foi o próprio Eros que falou
Em forma de flechada
Que atravessa a nossa alma.
- Paulo Roberto Silva Freire/ Reylton Reis
sábado, 6 de junho de 2015
Insônia
Insônia
Olhos abertos,
Corpo instável
Alma embriagado,
Coração acelerado.
Levanto da cama
Sob o mando do espírito
em sintonia com o consciente
São 2 horas da
manhã,
O silencio reina
pela rua afora
Mas não reina pela
rua adentro.
Vou na mirante,
Ouço vozes dos
Meus fantasmas
Batendo na porta
De forma rápido.
O toc -toc
imaginário,
sucumbia em minha
memória
Que
doía
Lembrando
Dos meus antecedentes,
Que batiam desesperados
Na porta
dos sobrados
De outros parentes,
Que hoje estão enterrados,
Cuja as almas transcenderam
De modo incandescente.
Queria dormir,
Mas a noite era de lua cheia
Iluminando a escuridão
Que não tinha estrelas,
Em que belo luar iluminava,
mas não ajudava
A me
aquietar
O agito das
luzes
exigiu a meu
espirito
Que não queria sonhar,
a pensar
Em fazer algo.
Liguei a rádio da
minha memória,
O blues estava rolando
Na vitrola dos pensamentos,
E os meus pés
Ficaram inquietos,
Parece que nasceu
As asas de Hermes
Que brotou pelos pés,
E a minha mão tremia,
Mas não era punheta,
Era mesmo tremedeira
Associado à vontade
De escrever um poema.
Na TV,
Não havia filmes interessantes,
Então desliguei logo,
Fui para
geladeira,
queria me hidratar,
Mas lá não tinha água,
Havia restos do vinho barato.
Lá na instante empoeirado,
Havia maços de cigarros.
Na mesa, havia o vazio,
O pc não estava ali,
Peguei a minha velha amante,
E datilografei com ela
bebendo vinho
E fumando derby
Até morrer
Para acordar mais uma vez
Com a dor de ter acabado
Com a floresta amazônica,
Por causa das correções,
Com a dor na consciência
Por causa do meu fígado
Atacado pelo vinho,
E com meu pulmão
Por causa do cigarro
Que havia fumado
Para encarar
A juventude
Em datilografar
Entre a fumaça gerado
Entre a boca e o tabaco.
Hoje, não sou mais jovem,
Mas a minha mente teima em
Voltar a ser,
E foi buscando nas lembranças,
As memórias de escritor,
Que significava
Escrever na máquina
E lembrar da juventude,
Em que eu escrevia bêbado
entre as chamas
Dos maços de cigarro.
Hoje estou velho,
Vou aposentar a máquina
De uma vez,
Contudo,
Na próxima vez
que eu escrever,
Instalarei um word
No pensamento,
Enquanto o computador,
Estiver no conserto.
- Reylton Reis
Imagem: Charles Bukowski, o escritor
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Abrangendo
Abrangendo
Coragem na sela
Fé no arpão
Quem te gruda é quem te sela
O que tu monta, o que tu pega, lhe pesca.
Esta é a rede que te lança
Esta é a sela que te monta
O veículo que te leva é o mesmo que em ti chega
Aquilo que tu comi é o mesmo que te pesca.
É tudo uníssono
Contigo em ti
É mais que dois
São todos um.
São barcos e selas
Redes e rédeas
Estes teus membros
Se unem aos dedos, ombros e cabelos
São certezas embora medos.
Bela vista
Se aproxima, Se avista
Terra firme,
Insalubre
Gaveta que guarda
Os maus em anátema.
Pesca a ti, cavalo!
Leva os fios emaranhados
E a mensagem passageiro
Que abstruso, este intricado simplório
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