Insônia
Olhos abertos,
Corpo instável
Alma embriagado,
Coração acelerado.
Levanto da cama
Sob o mando do espírito
em sintonia com o consciente
São 2 horas da
manhã,
O silencio reina
pela rua afora
Mas não reina pela
rua adentro.
Vou na mirante,
Ouço vozes dos
Meus fantasmas
Batendo na porta
De forma rápido.
O toc -toc
imaginário,
sucumbia em minha
memória
Que
doía
Lembrando
Dos meus antecedentes,
Que batiam desesperados
Na porta
dos sobrados
De outros parentes,
Que hoje estão enterrados,
Cuja as almas transcenderam
De modo incandescente.
Queria dormir,
Mas a noite era de lua cheia
Iluminando a escuridão
Que não tinha estrelas,
Em que belo luar iluminava,
mas não ajudava
A me
aquietar
O agito das
luzes
exigiu a meu
espirito
Que não queria sonhar,
a pensar
Em fazer algo.
Liguei a rádio da
minha memória,
O blues estava rolando
Na vitrola dos pensamentos,
E os meus pés
Ficaram inquietos,
Parece que nasceu
As asas de Hermes
Que brotou pelos pés,
E a minha mão tremia,
Mas não era punheta,
Era mesmo tremedeira
Associado à vontade
De escrever um poema.
Na TV,
Não havia filmes interessantes,
Então desliguei logo,
Fui para
geladeira,
queria me hidratar,
Mas lá não tinha água,
Havia restos do vinho barato.
Lá na instante empoeirado,
Havia maços de cigarros.
Na mesa, havia o vazio,
O pc não estava ali,
Peguei a minha velha amante,
E datilografei com ela
bebendo vinho
E fumando derby
Até morrer
Para acordar mais uma vez
Com a dor de ter acabado
Com a floresta amazônica,
Por causa das correções,
Com a dor na consciência
Por causa do meu fígado
Atacado pelo vinho,
E com meu pulmão
Por causa do cigarro
Que havia fumado
Para encarar
A juventude
Em datilografar
Entre a fumaça gerado
Entre a boca e o tabaco.
Hoje, não sou mais jovem,
Mas a minha mente teima em
Voltar a ser,
E foi buscando nas lembranças,
As memórias de escritor,
Que significava
Escrever na máquina
E lembrar da juventude,
Em que eu escrevia bêbado
entre as chamas
Dos maços de cigarro.
Hoje estou velho,
Vou aposentar a máquina
De uma vez,
Contudo,
Na próxima vez
que eu escrever,
Instalarei um word
No pensamento,
Enquanto o computador,
Estiver no conserto.
- Reylton Reis
Imagem: Charles Bukowski, o escritor

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