sexta-feira, 12 de junho de 2015

Deseperança

Desesperança 

Ela me mata de rir: Afogado
Num rio de riso gostoso
Na falência múltipla do gozo
Magica ciência brota em gloria desta fonte
Desvanece numa película sem corte
Nossa química era forte
Nossas casas que eram longe.

Como num filme leio sobre o amor
Piso num pombo morto
Desprotegido como um santo sem andor
Sou eu que caminho perseguido
Pelo cão do inferno
Que morde o meu espírito,
Enquanto a viagem das águas
Do imenso rio dantesco
Brotarem na Divina Comédia
Dos condenados, aqueles.
Que foram queimados por praticarem
A virtude sentida pela carne.

Tanto a mulher, como o homem,
São demônios e anjos
Quando o assunto é amor.


Nos andarilhos da vida,
Como diria um velho poeta,
Que vive bêbado pelas letras:
O amor é um cão dos diabos,
Navegamos ao encontro dela,
Entrar no barco é muito fácil,
Difícil é se manter para não afundar
Como os gregos encantados pelas sereias.

Quem experimenta o amor,
E nunca se embriagou
Ou nunca chorou
É porque nunca se apaixonou.

O amor é um jogo de poderes,
Em que cada um sobrepôs
O outro.
Quem disse isso?
Não foi Foucault em um livro,
Mas foi o próprio Eros que falou
Em forma de flechada

Que atravessa a nossa alma.

- Paulo Roberto Silva Freire/ Reylton Reis





Nenhum comentário:

Postar um comentário