terça-feira, 12 de maio de 2015

Distância

Distância

Na coxa tênue escorre fora
Na alma ecoa dentro
Bate Moça, mexe o corpo
Que teu beijo é ancorar.

Nasce roxo em hematomas
Amanhecido em desamor
Se é medo, é ferida que deveras
Carunchou a roupa nova
Fede de tanto que esperou.

Mofando o peso desta causa
Pela distância de lugar 
Apodrecido no teu corpo longínquo
Ondulando em mãos alheias.

Em silêncio nos falavam
Do caso, descasado
Brotando dos próprios calos
Os farrapos que vestiam.

De longe se ouvia o grito morto dos atônitos
Em fervidas águas se banhava
Odiando o amar, sofrendo sem acabar
Gerando em seu ventre
Este fim, Sofri este romper
Penava eu.
porém te deixar
Era a liberdade e o libertar.

- Paulo Roberto Silva Freire





































(Toulouse Lautrec - The Bed.)



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