Subversividade Centro Histórico
Entre os meus olhos de ressaca,
A vontade de visualizar
Em uma pintura ou fotografia,
Uma parte dos meus sonhos,
Presos em um quadro,
Cuja a paisagem
É a mais bela
Do que o paraíso
Criado pelos homens,
Se fosse por lá,
Já morreria feliz,
Sem ter que imaginar
Uma vida pós a morte
da minha vida igual
Para todos os homens.
A vontade de visualizar
Em uma pintura ou fotografia,
Uma parte dos meus sonhos,
Presos em um quadro,
Cuja a paisagem
É a mais bela
Do que o paraíso
Criado pelos homens,
Se fosse por lá,
Já morreria feliz,
Sem ter que imaginar
Uma vida pós a morte
da minha vida igual
Para todos os homens.
Antes de mais nada,
Deixa eu viver a vida,
Até acabar e esvaziar
Como uma garrafa
De cerveja barata.
Deixa eu viver a vida,
Até acabar e esvaziar
Como uma garrafa
De cerveja barata.
Sou um poeta subversivo,
Levo comigo todas as dores
Em uma maleta de poesias e contos.
Levo comigo todas as dores
Em uma maleta de poesias e contos.
A minha melhor amiga
É a minha máquina de datilografia.
É a minha máquina de datilografia.
Vivo a vida de modo marginal,
Tenho meus longos anos de estrada.
Tenho meus longos anos de estrada.
A minha vida matinal,
É um quarto pequeno
De uma pensão, na Rua da Palma.
É um quarto pequeno
De uma pensão, na Rua da Palma.
De vez em quando,
saio de manhã
para me doer,
Vendo multidões de decentes
Com seus pensamentos
Querendo atrofiar os meus.
Pois é, preciso suportar eles,
tenho que ganhar dinheiro.
saio de manhã
para me doer,
Vendo multidões de decentes
Com seus pensamentos
Querendo atrofiar os meus.
Pois é, preciso suportar eles,
tenho que ganhar dinheiro.
A minha vida noturna
É a rua escura,
Com uma luz fraca
Dos postes de fios subterrâneos,
Por onde não há multidões
Dos não esquisitos e estranhos.
É a rua escura,
Com uma luz fraca
Dos postes de fios subterrâneos,
Por onde não há multidões
Dos não esquisitos e estranhos.
Vivo queimando por dentro,
A minha vida é um bojo de tabacos,
Daqueles que queimam rápido.
A minha vida é um bojo de tabacos,
Daqueles que queimam rápido.
A cada minuto que passa,
A temperatura se eleva,
Até gerar a fumaça
Que vai evaporar,
Junto com a minha alma
Como restos não recicláveis
De um cinzeiro velho.
Quando chego em casa,
Eu acendo o fogo opaco
E escrevo na máquina
E queimo a cada etapa,
Que vira lentamente
cinzas, e que se vão
Como um tempo do relógio
Que olho na parede de forma diferente
A cada segundo,minuto,mês e ano.
Eu acendo o fogo opaco
E escrevo na máquina
E queimo a cada etapa,
Que vira lentamente
cinzas, e que se vão
Como um tempo do relógio
Que olho na parede de forma diferente
A cada segundo,minuto,mês e ano.
As cinzas que surgem
Entre meus dedos flamejantes,
É a historia que escrevo
sobre a madrugada
Que não vejo em propagandas
Sobre a beleza das ruas por onde ando,
Na Praia Grande.
Entre meus dedos flamejantes,
É a historia que escrevo
sobre a madrugada
Que não vejo em propagandas
Sobre a beleza das ruas por onde ando,
Na Praia Grande.
- Reylton Reis
A imagem: Autoria de Ruy Barros

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