Minha Contracultura
Meu espírito
Ecoa eternamente
Nos becos e labirintos
Da minha inconsciência,
Pois nela sai do corpo magrelo,
E entra nos meus sonhos
De tal ponto que me paraliso
Ao fechar os meus olhos velhos.
Minha estrutura
ficou líquida,
Estou em pleno delírio,
Parece que tudo que sinto,
são oriundos dos efeitos de absinto,
Pois a sobriedade do corpo evaporou
A partir do momento que fechei os
Meus olhos opaca da triste realidade.
Transcendi, aboli os meus sentidos,
Não bebi nada, não fumei algo,
Estou entorpecido e embriagado
Pela inconsciência do corpo
Que está sob o comando da alma
Que transcende além do pensamento
Dos meus sentidos racionais,
Que congelaram como águas
Oriundas de tempestades congeladas
Que sobressaíram no meu intelecto,
E se chocaram com primavera onírica irracional
Da qual floresceu a minha subjetividade.
Assim, houve uma dialética artística,
A minha tese se bateu com a antítese,
E a arte morreu nas minhas mãos pequeninas,
Mas a anti-arte surgiu como síntese para satisfazer
A minha inconsciência, que é uma instância
cuja a regra é não fazer regras para produzir
A poesia que pode vim de qualquer gente,
Porque a contracultura
É uma manifestação diferente,
Pois eu não me intitulo poeta.
- Reylton Reis

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